Sinopse / Resumo
João Bénard da Costa (1935-2009), licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas, foi um dos fundadores da revista "O Tempo e o Modo". Dirigiu o Sector de Cinema do Serviço de Belas-Artes da Fundação Calouste Gulbenkian e presidiu à Comissão Organizadora das Comemorações do Dia de Portugal. Dedicou-se à crítica e ao ensaio, tendo participado como actor em vários filmes, grande parte dos quais de Manoel de Oliveira (1908-2015). Pelo trabalho à frente da Cinemateca Portuguesa, de que era director desde 1991, foi condecorado pelo então ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, com a medalha de mérito cultural.
Realizado por Manuel Mozos ("Xavier", "4 Copas"), o documentário "Outros Amarão as Coisas Que Eu Amei" é construído a partir de uma montagem de excertos de escritos de Bénard da Costa, maioritariamente crónicas que publicou durante anos nos jornais "O Independente" e PÚBLICO, posteriormente reunidas em livro. Sobre esses registos, Mozos alinha imagens de arquivo, visitas a alguns lugares marcantes da sua vida e cenas de filmes em que entrou como actor (como "Espelho Mágico", de Manoel de Oliveira) ou que defendeu (seja "A Palavra", de Carl Th. Dreyer, ou "Johnny Guitar", de Nicholas Ray). Mozos sublinha que esta não é a "história oficial" nem a única visão possível de João Bénard da Costa: "Isto é um filme meu sobre o João Bénard, mas não fecha a pessoa nem a obra. Poderá haver outros filmes feitos por outras pessoas com outras abordagens completamente diferentes."