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“Por dentro eu sempre me persegui. Eu me tornei intolerável para mim mesma. Vivo numa dualidade dilacerante. Eu tenho uma aparente liberdade mas estou presa dentro de mim.”
“Agora sei: sou só. Eu e minha liberdade que não sei usar. Grande responsabilidade da solidão. Quem não é perdido não conhece a liberdade e não a ama. [Água Viva, página 66]”
“Minha liberdade é escrever. A palavra é o meu domínio sobre o mundo.”
“Tornar-se humano pode-se transformar em ideal, e sufocar-se de acréscimos... ser humano não deveria ser um ideal para o homem que é fatalmente humano, ser humano tem que ser o modo como eu, coisa viva, obedecendo por liberdade ao caminho do que é vivo, sou humana.”
“Coragem e covardia são um jogo que se joga a cada instante. Assusta a visão talvez irremediável e que talvez seja a da liberdade.”
“Quem sabe de que negras raízes se alimenta a liberdade de um homem?”
“Quem não é perdido não conhece a liberdade e não ama.”
“Eu só escrevo quando eu quero, eu sou uma amadora e faço questão de continuar a ser amadora. Profissional é aquele que tem uma obrigação consigo mesmo de escrever, ou então em relação ao outro. Agora, eu faço questão de não ser profissional, para manter minha liberdade.”
“O mistério do destino humano é que somos fatais, mas temos a liberdade de cumprir ou não o nosso fatal: de nós depende realizarmos o nosso destino fatal.”
“O mistério do destino humano é que somos fatais, mas temos a liberdade de cumprir ou não o nosso fatal: de nós depende realizarmos o nosso destino fatal. [in A Paixão Segundo GH. pág 124.]”
“Quem ama a solidão não ama a liberdade.”
“Eu e minha liberdade que não sei usar”
“Minha liberdade então se intensificou um pouco mais, sem deixar de ser liberdade.”
“Ir para o sono se parece tanto com o modo como agora tenho de ir para a minha liberdade. Entregar-me ao que não entendo será pôr-me à beira do nada.”
“Sorrisos e abraços espontâneos me emocionam. Palavras até me conquistam temporariamente. Mas atitudes me ganham para sempre.”
“Eu sou uma eterna apaixonada por palavras, música e pessoas inteiras. Não me importa seu sobrenome, onde você nasceu, quanto carrega no bolso. Pessoas vazias são chatas e me dão sono.”
“Me abrace, que no abraço mais do que em palavras, as pessoas se gostam.”
“Minhas desequilibradas palavras são o luxo do meu silêncio.”
“Há um grande silêncio dentro de mim. E esse silêncio tem sido a fonte de minhas palavras. E do silêncio tem vindo o que é mais precioso que tudo: o próprio silêncio.”
“A harmonia secreta da desarmonia: quero não o que está feito mas o que tortuosamente ainda se faz. Minhas desequilibradas palavras são o luxo de meu silêncio. Escrevo por acrobáticas aéreas piruetas - escrevo por profundamente querer falar. Embora escrever só esteja me dando a grande medida do silêncio.”
“Eu queria escrever luxuoso. Usar palavras que rebrilhassem molhadas e fossem peregrinas. Às vezes solenes em púrpura, às vezes abismais esmeraldas, às vezes leves na mais fina seda macia.”
“Sou vulnerável às menores bobagens, às mínimas palavras ditas, a olhares até, e sobretudo, a imaginações.”
“Já que se há de escrever, que pelo menos não se esmaguem com palavras as entrelinhas.”
“Se ela fosse mais inteligente poderia apagar o passado com palavras novas.”
“Há muita coisa a dizer que não sei como dizer. Faltam as palavras. Mas recuso-me a inventar novas: as que existem já devem dizer o que se consegue dizer e o que é proibido.”
“Aliás, verdadeiramente, escrever não é quase sempre pintar com palavras?”
“Tenho pensamentos que não posso traduzir em palavras.”
“Eu queria escrever um livro. Mas onde estão as palavras? Esgotaram-se os significados.”
“Eu medito sem palavras e sobre o nada.”
“Mas já que se há de escrever, que ao menos não se esmaguem com palavras as entrelinhas. O melhor ainda não foi escrito. O melhor está nas entrelinhas”
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