“A frouxidão no amor é uma ofensa, Ofensa que se eleva a grau supremo; Paixão requer paixão; fervor e extremo Com extremo e fervor se recompensa.”
“Amor em sendo ditoso Costuma ser imprudente, E nos gestos de quem ama Logo o vê quem o não sente.”
“Mas, ah tirano Amor! Ou cedo ou tarde É forçoso aos mortais sofrer teu jugo; Amor, tu és um mal que fere a todos: Longa experiência contra ti não vale, Ou Virtude, ou Razão, só vale a Morte.”
“Morrer é pouco, é fácil; mas ter vida Delirando de amor, sem fruto ardendo, É padecer mil mortes, mil infernos.”
“Ó serena amizade! Tu prestas mais que Amor: seus vãos favores São caros, são custosos.”
“De quantas cores se matiza o Fado! Nem sempre o homem ri, nem sempre chora, Mal com bem, bem com mal é temperado.”
“Ingénuo, tem conta de ti! No mundo há muitos enganos (Eu o sei, porque os sofri); Os bons padecem mil danos Julgando os outros por si.”
“Aquele canta e ri; não se embaraça Com essas coisas vãs que o mundo adora Este (oh, cega ambição!) mil vezes chora Porque não acha bem que o satisfaça.”
“Os Homens não são maus por natureza; atractivo interesse os falsifica, A utilidade ao mal, e ao bem o instinto Guia estes frágeis entes.”
“Só tu, meu bem, me arrebatas A vontade, o pensamento; Vivo de ver-te e de amar-te, E detesto o fingimento.”
“Um tímido pudor activos fogos Contrariava em vão, em vão retinha Ignotos medos, sôfregos desejos. Suspensa e curiosa, eu esperava Gostosa cena, em que prolixas noites Pensando o que seria, despendera.”
“Ah! Se a vossa liberdade Zelosamente guardais, Como sois usurpadores Da liberdade dos mais?”
“Da glória, que não é romper muralhas, Tragar a natureza, Ou nutrir ilusões, dar vulto ao nada, Mas em jugo macio Docemente prender geral vontade.”
“Nas paixões a razão nos desampara.”
“Vai sempre avante a paixão, Buscando seu doce fim; Os amantes são assim: Todos fogem à razão.”
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