“A vida humana acontece só uma vez, e não poderemos jamais verificar qual seria a boa ou a má decisão, porque, em todas as situações, só podemos decidir uma vez. Não nos são dadas uma primeira, segunda, terceira ou quarta chance para que possamos comparar decisões diferentes”
“As metáforas são muito perigosas. Não se brinca com as metáforas. O amor pode nascer de uma simples metáfora.”
“O amor é uma interrogação contínua. Não conheço melhor definição de amor.”
“O amor não se manifesta no desejo de dormir com alguém, mas dormir junto à alguém.”
“O amor não se manifesta pelo desejo de fazer amor (pois isso se aplica a todas as mulheres) e sim pelo desejo o sono compartilhado (isso se aplica a uma só mulher).”
“Será que o amor absoluto não significa que devemos amar o outro com tudo que há nele e sobre ele, inclusive as suas sombras?”
“Sim, é louco. O amor ou é louco ou então não é nada.”
“Talvez a razão pela qual não sejamos capazes de amar seja porque ansiamos ser amados, isto é, exigimos algo (amor) do nosso parceiro em vez de nos darmos genuinamente a ele sem nada exigir, querendo apenas a sua companhia.”
“Torturava-se com recriminações, mas terminou por se convencer de que era no fundo normal que não soubesse o que queria: nunca se pode saber aquilo que se deve querer pois só se tem uma vida e não se pode nem compará-la com as vidas anteriores nem corrigi-la nas vidas posteriores.”
“A luta do homem contra o poder é a luta da memória contra o esquecimento.”
“O homem, essa criatura que aspira ao equilíbrio, compensa o peso do mal com que lhe partem a espinha, com a massa do seu ódio.”
“Como seria simples encontrar a paz num mundo imaginário! Mas sempre tentei viver nos dois mundos ao mesmo tempo...”
“Nesse mundo tudo é perdoado por antecipação e tudo é, portanto, cinicamente perdido.”
“Viver num mundo onde nada é perdoado, onde tudo é irremediável, é a mesma coisa que viver no Inferno.”
“Existe uma parte de todos nós que vive fora do tempo. Talvez só tomemos consciência da nossa idade em momentos excepcionais, na maioria do tempo não temos idade.”
“Não é fácil queimarmos documentos íntimos que nos são queridos, é como se confessássemos a nós próprios que já não temos tempo, que vamos morrer amanhã; assim vamos sempre adiando o ato de destruição, e um dia é já tarde demais. Contamos com a imortalidade e esquecemo-nos de contar com a morte.”
“Procuramos sempre o peso das responsabilidades, quando o que na verdade almejamos é a leveza da liberdade.”
“Escrevo pelo prazer de contradizer e pela felicidade de estar sozinho contra todos.”
“Felicidade é o desejo pela repetição.”
“A felicidade é o desejo pela repetição.”
“A felicidade é a ânsia de repetição.”
“A amizade é indispensável para o bom funcionamento da memória e a integridade do próprio eu.”
“Para ele, a música é libertadora: ela o liberta da solidão e da clausura, da poeira das bibliotecas, e lhe abre no corpo as portas por onde a alma pode sair para confraternizar.”
“Mas faz alguém que se tenha apaixonado ouvir o ronco do seu estômago, e a unidade de corpo e alma, essa ilusão lírica da idade da ciência, imediatamente cai por terra.”
“Atravesso o presente de olhos vendados,mal podendo pressentir aquilo que estou vivendo... Só mais tarde,quando a venda é retirada,percebo o que foi vivido e compreendo o sentido do que se passou...”
“O que é vertigem? Medo de cair? Mas porque temos vertigem num mirante cercado por uma balaustra sólida? Vertigem não é o medo de cair, é outra coisa. É a voz do vazio debaixo de nós, que nos atrae e nos envolve, é o desejo da queda do qual nos defendemos aterrorizados.”
“Tomas repete para si mesmo o provérbio alemão: einmal ist keinmal, uma vez não conta, uma vez é nunca. Não poder viver mais do que uma vida é como não viver nunca.”
“Mas era justamente o fraco que devia ser forte e partir quando o forte fosse fraco demais para poder ofender o fraco.”
“Tinha uma vontade terrível de lhe dizer como as mais comuns das mulheres: não me deixe, guarde-me perto de você, escravize-me, seja forte! Mas eram palavras que não podia e não sabia pronunciar.”
“Ele deixa tão claro como o dia o que é, sem nominá-la... porque existem sentimentos demais pra poucas definições e palavras... e eles são tão generalizados... e a Litost, nada mais era (antes desse livro) um sentimento tão obscuro, que apesar de estar ali não notava sua existência!”
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